terça-feira, 19 de maio de 2009

Deu no Nassif. Cultura tucana

19/05/2009 - 10:36
O Roda Viva de ontem

A Petrobrás foi apenas o mote para o Álvaro Dias. Todos os “melhores momentos” - se é que se pode falar isso -, que estão no site da Cultura, são de proselitismo puro, de uma mediocridade ampla. Uma pena no que foi a tibieza de Paulo Markun transformou a Roda Viva.

Querem uma crítica consistente ao governo? Convoquem o Gianotti, o Bolívar, o Murilo de Carvalho, o Boris Fausto. Mas transformar o programa em um palanque para um político menor é o fim.
Por Eduardo Guimarães

UM VIVO NA RODA

por Eduardo Guimarães

Na última segunda-feira, participei do programa Roda Viva, da TV Cultura, que entrevistou o senador tucano pelo Paraná, Álvaro Dias. Fui convidado pela produção do programa para enviar perguntas e comentários via Twiiter e chat da página da emissora na internet. Essas perguntas, feitas pelos três twitters convidados pelo programa, caíam diretamente no computador da jornalista Lia Rangel, que as repassava ao mediador, Heródoto Barbeiro.

Tive dificuldade de avaliar se valeu a pena perder uma tarde de trabalho profissional remunerado para participar graciosamente do programa. Concluí que valeu apenas por eu ter podido ver as entranhas do polêmico Roda Viva e da própria TV Cultura, que há anos vem sendo acusada de ser usada politicamente pelos governos do PSDB paulista.

Pela participação que tive no programa, penso que não valeu. Consegui ter apenas uma única pergunta emplacada, e quem a veiculou - pois a bancada de três twitters (que integrei) não tinha permissão para se manifestar verbalmente - foi o mediador. E, como se não bastasse, aquela bancada foi tratada com desprezo pela produção do programa, que nem se deu ao trabalho de apresentar as três pessoas que abriram mão de seus afazeres para estar ali.

A pergunta que fiz, e que aqueles que acompanharam o programa pelo Twitter e pelo chat puderam ler, foi a seguinte:

Senador [Álvaro Dias], por que esse ímpeto investigativo do PSDB [de se empenhar tanto para criar a CPI da Petrobrás] não se reproduz no governo Serra, que veta todas as CPIs [da oposição na Assembléia Legislativa paulista]?

O mediador do programa, Heródoto Barbeiro, recebeu minha pergunta em seu computador repassada pela jornalista Lia Rangel (alguém se lembra da participação dela nos bastidores do Roda Viva durante as entrevistas de Gilmar Mendes e de Protógenes Queiroz?). Contudo, o mediador distorceu a pergunta omitindo a menção ao governo Serra, mudando para “governos do PSDB”.

O senador tucano, autor do requerimento da CPI da Petrobrás no Senado, pôde mentir e distorcer os fatos com grande desenvoltura graças à leniência da bancada de entrevistadores, que, diante de respostas do senador como a de que não poderia falar pelos governos do PSDB nos Estados quando bloqueiam CPIs, foi poupado de maiores questionamentos.

Só vendo por dentro o Roda Viva pude verificar esse tipo de distorção, que só não foi maior talvez por que eu, de lá da segunda bancada, não podendo falar limitava-me a fazer caras e bocas e a dar sorrisos irônicos. Cheguei, em certo momento, a fazer menção de levantar e deixar o programa, mas, sob o olhar temeroso da evidentemente séria jornalista Lia Rangel, optei por ser educado e não causar tumulto.

Não foi por outra razão que, ao fim do programa, quando Lia veio até os “twiters” (eu, o filho de Wladimir Herzog e um estudante do Mackenzie) para gravar o que o programa chama de “bastidores”, a produção cortou a energia dos holofotes, das câmeras e tudo mais, de forma que aquela edição do Roda Viva ficou sem aqueles “bastidores” que são sempre apresentados pela internet.

No entanto, durante o intervalo comercial do segundo bloco do programa, Lia gravou comigo uma entrevista relâmpago sob o pedido de que eu dissesse o que estava achando. Respondi a ela que estava presenciando uma “comédia”, que o PSDB tenta sabotar o Brasil para eleger Serra e que, por isso, aquele homem que ali estava, bem como seu partido, constituíam uma ameaça ao país.

Álvaro Dias e todo o resto dos que ali estavam ouviram claramente o que eu disse, pois estávamos todos separados por poucos metros de distância num ambiente fechado e que, naquele momento, mergulhara num estrepitoso silêncio.

Para mim, ficou cristalino o uso político que os governos tucanos de São Paulo vêm dando à TV Cultura durante os últimos 15 anos. É um abuso a utilização do dinheiro dos impostos dos paulistas para manter uma emissora pública que foi colocada a serviço de um partido político, o PSDB.

Tudo aquilo de que a oposição tucano-pefelê e a mídia acusam reiteradamente a TV Brasil (de ser “tevê do Lula” e outras bobagens) vale apenas para a TV Cultura, que, por estar sendo usada ilegalmente como arma política, afirmo que está sendo gerida como se fosse de propriedade do PSDB de São Paulo. Em vez de CPI da Petrobrás, o Congresso Nacional deveria fazer uma CPI da TV Cultura.

sábado, 16 de maio de 2009

Tadinhos, o lado escuro da força estressa...


No udenismo denuncista, erros são inevitáveis quando se está sob pressão o tempo todo para mostrar o pior.

***

Mas que o Obama anda pisando, lá isso anda.

Recuo nas fotos da tortura (tem que mostrar, senão não para!); retorno à farsa dos julgamentos militares em Gantánamo -- que ele ia fechar, lembra?; agora, chama a advogada-mor da indústria poluidora-mor pro cargo de assistente de recursos naturais do Depto. de Justiça. Pode ser que ele queira um tubarão a seu lado para enfrentar os tubarões, mas, pera lá... Um leitior diz que é o mesmo que botar o Pol Pot pra fortalecer os direitos humanos.

Obama começou a respeitar a direita americana. Aí danou-se.

sábado, 9 de maio de 2009

Bill Maher, the greatest

"Já que virus como o da gripe suína são potenciamente mortais porque evoluem, se você não acredita na evolução e pega a doença deve rezar para que ela vá embora; não pode c@g@r no Darwin, na pesquisa de células-tronco e no aquecimento global e depois rastejar de volta à ciência quando quer tamiflu.

É só pra nós, pecadores."

Viram isso no Nassif?

O deputado que se lixou para a mídia

As declarações do deputado Sérgio Moraes não foram contra a opinião pública, mas contra a manipulação da mídia e contra as ameaças que recebeu de uma repórter de O Globo.

É importante ouvir o seu discurso (disponibilizado pelo Estadão) e depois conferir os ataques que passou a sofrer. Se não for chantagem, se não foi pressão espúria, não sei que nome dar.

Se não acessar, clique aqui.

Comentário

Segundo informações de alguns comentaristas, esse áudio foi posterior à entrevista. Quem tiver informações sobre a entrevista, favor encaminhar.

***
O Sérgio "Tô me lixando pra opinião pública" Moraes (PTB-RS) pode ser um crápula, não sei, o Edmar "Castelão" Moreira pode ser um canalha, mas antes deles está o cartel Globo, sobranceiro em sua posição de maior cancro nacional. Então, depois de ouvir esse áudio, eu até estou com o Sérgio. Não duvido de que a repórter tenha mesmo dito "O Sr. nãso tem medo da opinião pública?" Ele pode ter respondido na raiva que se lixava para a opinião pública dela e do jornal dela! Eu faria o mesmo! Foi ameaça sim, foi pressão udenista sim, e ele podia ter recuado, temeroso, mas manteve firmeza na crítica ao cancro.

A droga é a dificuldade de expressão desses caras... como falam mal...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Udenismo incontrolável

Impressionante, digna de análise coletiva a tendência do Globo ao denuncismo udenista. Vejam na imagem abaixo (clique para ampliar): o tom do repórter na matéria é simplesmente descritivo, normal, mas o entretítulo "Doente no Rio foi a festa e viu jogo com amigos", que geralmente cabe a redator ou sub, já é alarmista, significando, cuidado, o cara se esbaldou por aí, contaminou deus e o mundo e você vai morrer. Né não? Até contaminou, sim. E daí? Querem que o rapaz seja enforcado em praça pública?

De amargar. Asqueroso.

sábado, 2 de maio de 2009

Esse bode não lembra outro?

Michael Moore diz que o Madoff nada mais é do que a casca da ferida, uma distração conveniente. Ele quer saber dos outros chefões que caíram de boca na mamata, do senador que escreveu a lei da mamata e do presidente que assinou a lei da mamata. Não lembra o Dan*iel Dan*tas? Por trás das mamatas dele estão a mamata-mor da privataria, o F*H*C e seus 40 ladrões.

Scapegoat
"Bernard Madoff is nothing more than the scab on the wound. He's also a most-needed and convenient distraction. Where's the photo on this list of the ex-chairmen of AIG, Merrill Lynch and Citigroup? Where's the mug shot of Phil Gramm, the senator who wrote the bill to strip the system of its regulations, or of the President who signed that bill?"
– Michael Moore (for Time magazine)

Os caras

Folha, 1º/5/2009 - 20h8

Lula diz que pré-sal é a segunda independência

do Brasil e chama Petrobras de "os caras"

"Que a partir de hoje se conte uma nova e melhor história para esse país. O brasileiro tem que se gostar, ao longo dos anos sempre jogamos para baixo, achando que o que é de fora é melhor", afirmou, durante cerimônia em comemoração ao início da produção na camada pré-sal da bacia de Santos. "É a segunda independência do Brasil." (...)

Lula exaltou a Petrobras e fez críticas veladas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lembrando a intenção do governo anterior em mudar o nome da estatal, e, segundo ele, privatizá-la. Para Lula, a Petrobras é a musa que o Brasil carrega pelo mundo como exemplo de sucesso. Acrescentou que o pré-sal dá ainda mais importância à estatal no contexto da exploração em águas profundas. "Petrobras, vocês são os caras", afirmou, em alusão ao presidente americano Barack Obama, que disse o mesmo para Lula. Em discurso bem-humorado, Lula lembrou que gostaria de ter ido à plataforma para presenciar a extração -- a visita foi cancelada em função de más condições do tempo. Disse que se sentia como o "marido que vai à igreja e a mulher não aparece", e presenteou o vice-presidente, José Alencar, com o barril contendo o primeiro óleo extraído de Tupi. "É um momento histórico que precisava presenciar. É o início de uma nova era", completou.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Aporkalipse

Noite de quinta, Marco, Adriano e Afonso conversam num bar da Lapa sobre a influenza A(H1N1) -- que, por favor, não é sequer surto, quando mais epidemia! Comentam a ignorância do governo egípcío, que sacrificaria 400 mil porcos.

Adriano -- Bem, se o vírus contém uma cepa suína, uma cepa aviária e duas humanas, o governo egípcio deveria sacrificar na verdade 800 mil pessoas.

Pano rápido.
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